A minha preocupação com o tema da sustentabilidade e da pegada ecológica começou há vários anos, maioritariamente por influência de viajantes anónimos que fui conhecendo ao longo do meu percurso. O constante confronto com a poluição e o desperdício de plástico, em muitos dos países que visitei, bem como o sentir na pele as consequências nefastas que advêm daí fizeram-me adoptar uma postura mais consciente em relação às minhas próprias escolhas. Logicamente que tudo é um work in progress e, não tenhamos ilusões, por muito verdes que possamos ser no dia-a-dia dificilmente conseguiremos ter uma pegada zero nesta nossa sociedade capitalista. Mas podemos e devemos adoptar mudanças de comportamento e, se pelo exemplo, conseguirmos motivar alguém a também alterar os seus hábitos então missão cumprida.
O tema que vos trago hoje é, portanto, o dos produtos de higiene e cosmética biológica, amiga do ambiente. Em algumas viagens da Landescape com perfil de montanha, natureza ou trekking solicitamos aos nossos viajantes que optem por este tipo de produtos – nomeadamente champô sólido, pasta de dentes biodegradável e protetor solar biológico – de forma a reduzirmos o impacto da nossa pegada na visita a parques nacionais e outros ambientes naturais.
Os cosméticos e produtos de higiene amigos do ambiente não devem apenas ter ingredientes naturais na sua composição, como também devem ser obtidos sem danos físicos ou ambientais e sem recurso a pesticidas, aditivos ou quaisquer outros compostos químicos. Outro aspeto muito importante a ter em conta é garantir que os produtos em questão não foram testados em seres vivos. Por isso mesmo, são sempre acompanhados de um selo, concedido pela empresa reguladora do país de origem. Esse selo certifica que o produto é eco-friendly, ou seja, amigo do ambiente. Em Portugal, a legislação que regula estas matérias não está completamente implementada, portanto é realmente importante atentarmos ao rótulo para termos a certeza do que estamos a comprar.