A cidade que nunca dorme é um desafio aos sentidos, para os mais atentos os estímulos são constantes. É um bombardeamento de informação que invade os nossos cérebros a cada segundo quando percorremos as avenidas de Manhattan, simplesmente a absorver os sons da cidade e as conversas cruzadas, o jazz que ecoa lá ao fundo ou o Rap que soa bem alto nos SUVs.
Os neons, a publicidade e a arte urbana invadem o nosso subconsciente sem pedir permissão. Os cheiros da comida de rua ou do café que mantém esta cidade no devido ritmo frenético, sobem pelas narinas e impelem-nos a querer sentir mais.
Em Nova Iorque tudo é válido, aliás “valid” é uma palavra muito usada para assegurar a sua pertinência. Este caldeirão cultural em efervescência nunca pára de borbulhar, cada borrough quase que como cada esquina tem a sua identidade própria, da qual os Nova-Iorquinos são bastante orgulhosos e isso contagia quem está de passagem e toma a cidade como sua, ficando na desconfiança se não será mesmo este sitio a sua casa.
Manhattan é muito vasta, a selva de betão é densa apesar das correntes de ar que circulam nas espaçosas avenidas. O pescoço, esse está sempre sobre tensão, a vista aponta ao céu e aos edifícios que o arranham carinhosamente. É essencial subir a um ou mais observatórios desta cidade, existem três primordiais e de cortar a respiração, o One World do World Trade Center, o Observatory do Empire State Building e o Top of the Rock no Rockefeller Center.
Do Lower East Side ao Harlem existe uma infinitude para ver no coração da cidade e quem quer conhecer mesmo bem Nova Iorque tem que passar alguns dias a descobrir desde os mais pitorescos bairros como Chinatown ou Little Italy ao Soho ou Tribeca, às grandes avenidas principais ou edifícios como o Madison Square Garden ou o Apollo Theater que são autênticos bastiões da cidade.
Mas para aprofundar verdadeiramente o conhecimento sobre a “Big Apple”, temos que ir a todos os seus borroughs: Manhattan, Queens, Brooklyn, Bronx e Staten Island, sentir as diferentes vivências destes bairros. Numa metrópole tão gigante como esta, mesmo nestes territórios diferentes se conseguem perceber ligeiras diferenças e identidades que lhes conferem carisma e singularidade.