João Gonçalo Fonseca

Líder de Viagem

Gosto de ir sem saber quando regressar e de partir sem rumo traçado.

Viajante compulsivo desde a década de 90, sou o autor do livro “Pedalar Devagar” que, creio, me define bem como viajante: sem pressas, grande parte das vezes sem destino, desprendido, corajoso e positivo.

A minha vida inteira foi feita a percorrer o mundo, à boleia pelo Velho Continente ou desbravando o continente africano e o Médio Oriente, quando a fotografia ainda era analógica. Porém, a minha viagem mais especial foi com a minha esposa, a Valérie, quando tivemos a ideia de percorrer o mundo em bicicleta e que me atirou para o universo dos viajantes conhecidos. Parti de Portugal à boleia até à Suíça e de lá, de bicicleta para aquela que seria uma viagem à volta do globo durante 3 anos. O tempo quando se viaja de bicicleta é, contudo, diferente do tempo quando se viaja à boleia, de avião ou de mochila às costas e os 3 anos transformaram-se em 4, só pela Europa, Médio Oriente e Ásia. A odisseia daria lugar a um livro intitulado “Pedalar Devagar” e o retorno à nossa vida rotineira. Regressámos à Suíça e a Zurique, onde nos mantivemos durante longos anos, cidade onde também dois filhos foram concebidos e o sonho de fazer outra grande viagem foi crescendo.

Como sempre na minha vida, tudo é decidido ao minuto e foi assim que achámos que partir de novo seria a ideia mais fascinante, desta vez com toda a família nos alforges. A América do Sul foi traçada no horizonte e foi aí que pedalámos com as nossas quatro bicicletas, explorando por mais de 20 meses, diferentes países, montanhas, culturas e experiências indescritíveis. E porque pedalar não nos chegava, até um barco construímos para descer o rio Napo e o Amazonas.

Hoje, quando estou em Portugal, os meus dias são passados em Estremoz, onde me encontro a reconstruir uma herdade que, muito em breve, será também uma guesthouse. No tempo que sobra vou-me dedicando à agricultura, na apanha da azeitona e preparação da nossa quinta orgânica.

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