Curiosamente, as viagens nunca fizeram parte dos meus planos, creio que estava formatada para outros objetivos de vida, mas o meu lado sonhador fez-me repensar o que queria para o meu futuro e aos 30 anos juntamente com o meu marido decidimos seguir o sonho. Escolhemos Timor Leste como destino de aventura e nunca imaginei criar uma conexão tão intensa e de tão grande cumplicidade com o povo timorense. De tal forma que de 3 meses de voluntariado se transformaram em 2 anos sem nunca regressar a casa. Senti e vivi na primeira pessoa as dificuldades de um país ainda em ferida. Foi nesse tempo que me rendi aos encantos culturais dos países do sudeste asiático, mais concretamente à sua beleza natural, gastronomia, bondade e energia espiritual do povo. Desde então que rumo àqueles destinos vezes sem conta.
Foi na Indonésia que aprendi a andar de mota e nas Filipinas que encontrei uma segunda casa percorrendo todas aquelas ilhas paradisíacas. Já no Camboja fui mimada por uma família Kmer, mas foi na Austrália e na Nova Zelândia que passei 5 meses no conforto de famílias que me deram guarida e em troca passava a ferro e cozinhava para elas.