Rui Pedro Lamy

Líder de Viagem

Viajar é confrontar-me com o mundo e com a vida. É uma oportunidade de crescer em cada movimento que dou, muitas vezes sem certezas, apenas sentindo.

Abraço com um enorme orgulho este desafio de me juntar à Landescape, e a esta equipa incrível de líderes, sendo que naturalmente o meu primeiro destino será o Sri Lanka. Considero-me um eterno fascinado pelo cinema documental e nos tempos livres que vou tendo dedico-me a jogar ténis ou simplesmente a explorar o nosso país de carrinha, parando aqui e ali, sem planos, apenas aproveitando a liberdade.

O meu nome é Rui Pedro Lamy e sou produtor e realizador de documentários. Comecei cedo no universo da imagem, estudando fotografia no Instituto Português da Fotografia no Porto. Mais tarde, licenciei-me em Som e Imagem nas Caldas da Rainha e tirei Mestrado em Fotografia e Cinema Documental na ESMAD, Porto. Ao longo do meu percurso profissional trabalhei em televisão e cinema mas, devido aos meus gostos e motivações pessoais, nestes últimos dez anos dediquei-me sobretudo à produção e realização de documentários relacionados com a temática da história, arqueologia e etnografia. Reparei desde cedo que era um nicho que não estava a ser muito explorado em Portugal, o que fazia com que muito do nosso património quer material quer imaterial não fosse bem documentado e divulgado. Todos estes filmes que acabei por realizar foram projetados em diversos festivais de cinema de todo o mundo, divulgando assim a nossa história e promovendo o nosso pais.

Comecei a viajar com os meus 21 anos. A minha primeira viagem foi ao México. Viajei sozinho em busca do conhecimento da cultura Maya e Asteca, e foi das experiências mais incríveis que, até hoje, tive na vida. Fascinam-me as pessoas, as culturas e o poder viajar para conhecer mais do mundo e poder viver diferentes realidades. Sinto-me inspirado pela diversidade das culturas que vejo no mundo e tento aliar a minha vontade de registo a um serviço que eu considero maior – documentar e criar imagens e filmes que sejam representativos daquelas experiências que estou a ter e das culturas ou das situações que estou a viver. Esse registo servirá sempre como um documento num futuro mais imediato ou mais longínquo, quando já não existirem descendentes vivos que possam transmitir determinado saber.

Esse posicionamento que crio entre a vida, a imagem e o movimento através das viagens, sejam elas internas, externas, fora ou dentro do meu país, permite-me contar essas histórias e desenvolver amizade com essas pessoas, transformando-me e atribuindo-me um estilo de vida e de desenvolvimento pessoal do mais inspirador e gratificante que pude conhecer até hoje.

Nos últimos anos tenho-me dedicado a viajar mais para a Ásia, países como o Sri Lanka, Tailândia, Índia e ainda outros tantos que quero ainda conhecer. Apesar do caos existente em praticamente em toda a Ásia, existe lá uma ordem interna mental e espiritual que eu não encontro em mais nenhum lugar do mundo. Talvez por aqueles não serem o meu país de origem e serem suficientemente diferentes daquilo que é a minha realidade europeia e ocidental, mas existe na Ásia, e no caso em particular do Sri Lanka, uma plataforma espiritual e de uma certa religiosidade ativa e genuinamente praticada que nós já não temos de todo presente na nossa realidade. Para mim essa religiosidade e essa espiritualidade ativa são a base para uma convivência sã entre todos numa comunidade. Ela estabelece uma observação constante de nós mesmos perante as nossas ações no mundo e nós sabemos que não estamos sozinhos quando praticamos determinado ato.

É por isso que eu me sinto incrivelmente seguro e em casa quando viajo para lá. E é também por isso que eu considero uma aprendizagem gigante poder lidar com essa matriz social e deixar que ela me ensine e me transforme. Nesse sentido, continuo a querer dar este movimento à minha vida, viajando para conhecer novos lugares, pessoas, culturas e construindo novas memórias e amizades através deste movimento fluído e, muitas vezes, mágico que é viajar pelo Mundo sem saber ao certo o que vou encontrar.

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