7. E gostas também de escrever sobre as tuas experiências em viagem, certo? Tens algum blog ou só o fazes mesmo nas redes sociais?
Confesso que à exceção de um ou outro registo fotográfico ou das stories que publico no Instagram e que faço acompanhar de uma breve síntese escrita, não tenho por hábito escrever sobre as minhas experiências em viagem. Foi, no entanto, com muito gosto que aceitei este convite da Landescape para partilhar a minha experiência de viajante, com a expectativa que o meu testemunho sirva de referência para outros apaixonados pela aventura e descoberta, nomeadamente em terras africanas.
8. E nós agradecemos e muito esta tua partilha que tem sido deliciosa de ler. Tens alguma história que te tenha ficado para sempre guardada das viagens que fizeste com a Landescape?
A viagem ao Quénia teve uma particularidade deveras interessante, pelo facto da líder Marta Baeta ser uma jovem que optou por viver naquele país, garantindo ao grupo experiências em primeira mão através de alguém que vive a realidade daquele país como uma local. Acresce o facto de ter criado uma ONG chamada de From Kibera With Love, que apoia crianças e famílias desfavorecidas. Implantada em Kibera, conhecido como o maior bairro de lata do continente africano, a Marta levou-me/levou-nos numa viagem única, pondo a descoberto a realidade nua, crua e dramática de cerca de um quarto da população de Nairóbi.
Na viagem a São Tomé e Príncipe, por sua vez, fiquei rendida à hospitalidade do povo. Não posso esquecer a alegria e franqueza que demonstraram quando nos receberam, ao ponto de abrirem as portas das suas casas. Em Santa Catarina, inesperadamente, tinham um piquenique preparado para o grupo. Na Roça Bombaim foi preparado um festim. Na praia Gamboa montaram a mesa no terraço superior da casa. No Ilhéu das Rolas o almoço de peixe fresco animado pela música e dança. Na Roça Monte Café uma família serviu a refeição na sala da sua casa…Momentos inolvidáveis! Um especial obrigado ao líder Luís Godinho, que foi espetacular!
9. O que sentes que tens ao viajar com a Landescape que a solo se perde?
Viajar com a Landescape dá-me a garantia de uma viagem organizada de acordo com as minhas expectativas relativamente ao tipo de viagem que prefiro, ou seja, conjugar a aventura com a descoberta cultural. Gosto da faceta descontraída e prática imprimida nas viagens da Landescape, para a qual contribui em muito o espírito dos líderes, invariavelmente pessoas experientes e com um vasto reportório nas andanças além-fronteiras. Conhecedores das relações humanas, gerem com tato e diplomacia as personalidades que confluem por breves dias numa convivência que se torna a nossa “família” adotada. Aprecio, igualmente, as dinâmicas que os líderes estabelecem com a população local, permitindo experiências únicas.
As mais valias de uma viagem pela Landescape são certamente muitas! Quando quero dar azo à minha necessidade de descoberta a título pessoal, opto por ir uns dias mais cedo ou regressar mais tarde, mas sempre com o objetivo de estar enquadrada numa viagem organizada com um programa específico, com um líder, e inserida num grupo de pessoas, que invariavelmente manifestam um espírito idêntico enquanto viajantes (e não meramente turistas) e com o qual me identifico muito.
10. E a relação com os líderes, como a descreves?
Estou convicta que os líderes são pessoas criteriosamente escolhidas pela Landescape. Da mesma forma, acredito que só é líder quem sente apetência por este estado de vida, antes de ser um trabalho. Não é para qualquer um, como de resto outra profissão qualquer. Por isso, a relação com os líderes é sempre a melhor, baseada no respeito, espírito de abertura, partilha de bons momentos e cooperação perante alguma adversidade.