A paixão por África, aos olhos de Olga Santiago

Com 61 anos e natural de uma freguesia rural na bela e icónica cidade de Coimbra, Olga Santiago é viajante frequente da Landescape. Licenciada em Serviço Social e com uma pós-graduação em Sociologia, trabalha atualmente como professora de Educação Especial no Ensino Secundário. Viajar faz parte do seu ADN e o carinho que nutre por África está bem presente nas partilhas que faz regularmente na sua página de Instagram. Hoje partilhamos contigo um pouco dessa paixão que nutre por este enorme continente, berço da civilização.

Olga Santiago confessa-se uma apaixonada pelo contacto com a natureza e uma adepta de viagens menos convencionais onde tem a oportunidade de descobrir os lugares mais recônditos que lhe despertam a curiosidade. Em casa, quando tem tempo livre, é ao seu pequeno jardim que se entrega, mexendo na terra, sentindo o cheiro das plantas e das flores e admirando as transformações sazonais.

Com a Landescape já partiu à descoberta de São Tomé e Príncipe e do Quénia, mas a vontade de descobrir mais não pára de aumentar! Vem conhecer um pouco mais do perfil da Olga Santiago. Se estás a pensar embarcar em alguma das nossas viagens ao continente africano é bem provável que a encontres no grupo!

1. Quando nasceu a tua paixão pelas viagens, lembraste? 

Reconheço que o embrião do gosto pela descoberta de outras paragens aconteceu, indubitavelmente, com a experiência ocorrida na minha infância de viver na Alemanha. Mantenho memórias inesquecíveis da verdadeira aventura de uma viagem de carro, nos anos 60, pelas estradas europeias em direção a este país da Europa Central, e dos passeios com os meus pais em breves investidas fronteiriças à Áustria e à Suíça. 

Em jovem adulta tive a sorte de ter um grande amigo cujo sonho era organizar viagens. Era constantemente desafiada a ir e deixava-me seduzir pela ideia de bom grado. Da América Central à América do Sul, Ásia, um pouco da Europa e muito pouco de África. E assim fui alimentando esta minha paixão pela viagem. Tenho a convicção que se por um lado o gosto de viajar é algo inato à essência de uma pessoa, assume depois os contornos de um quase “vício” que carece de ser satisfeito regularmente. 

2. A primeira viagem que fizeste com a Landescape foi ao Quénia, em 2021, estávamos nós a tentar retomar a normalidade depois do mundo ter parado com a pandemia da Covid19. O que te fez escolher este destino?

Conhecer a África Subsaariana era um desejo antigo que tencionava concretizar, visto só conhecer do continente africano Cabo Verde, Tunísia, Egipto e Marrocos. Ainda recordo a reserva que tinha para 2020 a Madagáscar, que ficou sem efeito em consequência da pandemia. Com o retomar lento da oferta de destinos, o continente africano perfilou-se como uma das opções seguras e que ia ao encontro de um desejo pessoal que acalentava há já algum tempo. Em abono da verdade, o Quénia surgiu como segunda opção, porque inicialmente tinha feito reserva para a Tanzânia e Zanzibar, viagem que não se concretizou na data pretendida. 

3. E qual foi o rescaldo dessa experiência?

Uma experiência inesquecível! 

Se pretendia conhecer África, no seu mais profundo ser, esta viagem proporcionou isso mesmo. Só lamento não ter tido a oportunidade de dar um pulo à Tanzânia e Zanzibar, porque estava logo ali ao lado e fazia dois em um. Fica a dica, para quem quiser tirar proveito do custo de um voo ida/volta algo dispendioso.
O Quénia representa a verdadeira e incontornável África Subsaariana. Um mundo agitado, turbulento, caótico, comercial, confuso, precário…e, ao mesmo tempo, sereno, belo, pacífico, deslumbrante, relaxante. Em suma, genuíno na sua mais pura essência africana! Naturalmente, não fiquei imune a este embate, no bom sentido da palavra. Para mim viajar é ir preparada para as surpresas, para os contornos menos prováveis, para as nuances que me fazem questionar e repensar a minha vidinha acomodada de europeia. Sair do meu conforto, cortar por “atalhos” e regressar a casa com a sensação de ter traçado um novo caminho. E saio sempre a ganhar, sem dúvida alguma!

4. Foi a primeira vez que viajaste em grupo neste contexto de viagens culturais e de aventura ou já tinhas tido essa experiência com outra agência no passado?

Sim, já viajei em grupo através de outras agências com dinâmicas idênticas à da Landescape. 

5. O ano passado voltaste a África na nossa companhia, mas desta vez para São Tomé e Príncipe. O que te atraiu neste destino?

É verdade. No verão passado decidi embrenhar-me novamente no continente africano repetindo a experiência com a Landescape. São Tomé e Príncipe era um dos destinos na minha lista de preferências há algum tempo; pela história, pela língua, pelos aspectos culturais que historicamente nos ligam a esse país, mas essencialmente pela beleza natural estonteante que caracteriza o arquipélago. E eis que consegui conciliar o meu período de férias com o programa de viagem da Landescape, o que nem sempre é fácil, e não hesitei um segundo.

Ah, visitar São Tomé e Príncipe é ir ao paraíso! A vertente da natureza exuberante praticamente intocada fazia antever, desde logo, que seria uma viagem memorável. Mas é mais ainda: a simplicidade e amabilidade deste povo, o ritmo de vida “leve-leve”, a rica gastronomia. No reverso, a sensação amarga de um povo que merece ter mais de tudo!
O périplo por terras santomenses e pela imperdível ilha do Príncipe foi tudo o que era expectável ao ponto de sentir aquele desejo final muito especial: gostava de voltar um dia! É bom quando fica este sentimento no término de uma viagem.

6. Temos visto muitas das tuas publicações sobre esta última viagem no Instagram. Já tinhas esse gosto pela fotografia ou ela foi crescendo com as viagens?

Tem graça quando penso nisso, porque é um gosto que surgiu tardiamente, num momento que não consigo precisar, mas que foi influenciado seguramente pela rede social Instagram. Traduz-se presentemente num hobby que me dá muito prazer. Enfim, como se costuma dizer “nunca é tarde”! Hoje, seja numa simples saída, ou numa viagem mais longa sinto um ímpeto enorme em captar o que me desperta o poder de observar e admirar, nomeadamente registos de paisagens, retratos de vida e um ou outro registo mais incomum. Naturalmente, quando visito um destino apaixonante, dou azo a este passatempo feito com muito amadorismo, mas com paixão e entrega.

7. E gostas também de escrever sobre as tuas experiências em viagem, certo? Tens algum blog ou só o fazes mesmo nas redes sociais?

Confesso que à exceção de um ou outro registo fotográfico ou das stories que publico no Instagram e que faço acompanhar de uma breve síntese escrita, não tenho por hábito escrever sobre as minhas experiências em viagem. Foi, no entanto, com muito gosto que aceitei este convite da Landescape para partilhar a minha experiência de viajante, com a expectativa que o meu testemunho sirva de referência para outros apaixonados pela aventura e descoberta, nomeadamente em terras africanas.

8. E nós agradecemos e muito esta tua partilha que tem sido deliciosa de ler. Tens alguma história que te tenha ficado para sempre guardada das viagens que fizeste com a Landescape?

A viagem ao Quénia teve uma particularidade deveras interessante, pelo facto da líder Marta Baeta ser uma jovem que optou por viver naquele país, garantindo ao grupo experiências em primeira mão através de alguém que vive a realidade daquele país como uma local. Acresce o facto de ter criado uma ONG chamada de From Kibera With Love, que apoia crianças e famílias desfavorecidas. Implantada em Kibera, conhecido como o maior bairro de lata do continente africano, a Marta levou-me/levou-nos numa viagem única, pondo a descoberto a realidade nua, crua e dramática de cerca de um quarto da população de Nairóbi.   

Na viagem a São Tomé e Príncipe, por sua vez, fiquei rendida à hospitalidade do povo. Não posso esquecer a alegria e franqueza que demonstraram quando nos receberam, ao ponto de abrirem as portas das suas casas. Em Santa Catarina, inesperadamente, tinham um piquenique preparado para o grupo. Na Roça Bombaim foi preparado um festim. Na praia Gamboa montaram a mesa no terraço superior da casa. No Ilhéu das Rolas o almoço de peixe fresco animado pela música e dança. Na Roça Monte Café uma família serviu a refeição na sala da sua casa…Momentos inolvidáveis! Um especial obrigado ao líder Luís Godinho, que foi espetacular!

9. O que sentes que tens ao viajar com a Landescape que a solo se perde?

Viajar com a Landescape dá-me a garantia de uma viagem organizada de acordo com as minhas expectativas relativamente ao tipo de viagem que prefiro, ou seja, conjugar a aventura com a descoberta cultural. Gosto da faceta descontraída e prática imprimida nas viagens da Landescape, para a qual contribui em muito o espírito dos líderes, invariavelmente pessoas experientes e com um vasto reportório nas andanças além-fronteiras. Conhecedores das relações humanas, gerem com tato e diplomacia as personalidades que confluem por breves dias numa convivência que se torna a nossa “família” adotada. Aprecio, igualmente, as dinâmicas que os líderes estabelecem com a população local, permitindo experiências únicas.

As mais valias de uma viagem pela Landescape são certamente muitas! Quando quero dar azo à minha necessidade de descoberta a título pessoal, opto por ir uns dias mais cedo ou regressar mais tarde, mas sempre com o objetivo de estar enquadrada numa viagem organizada com um programa específico, com um líder, e inserida num grupo de pessoas, que invariavelmente manifestam um espírito idêntico enquanto viajantes (e não meramente turistas) e com o qual me identifico muito.

10. E a relação com os líderes, como a descreves?

Estou convicta que os líderes são pessoas criteriosamente escolhidas pela Landescape. Da mesma forma, acredito que só é líder quem sente apetência por este estado de vida, antes de ser um trabalho. Não é para qualquer um, como de resto outra profissão qualquer. Por isso, a relação com os líderes é sempre a melhor, baseada no respeito, espírito de abertura, partilha de bons momentos e cooperação perante alguma adversidade.

11. Para o futuro, que novas viagens estão na calha? Alguma com a Landescape?

A lista é extensa, mas a opção ainda está em banho-maria…Conciliar a oferta com as minhas preferências pessoais e com o período de férias de que disponho (mês de Agosto) é um esquema que tenho de gerir muito bem…Mas está em projeto!

12. Se tivesses de eleger o teu top 5 de destinos, o que destacavas?

Se a pergunta se refere a destinos já visitados, saliento: Egipto, Indochina (Laos, Vietname e Camboja), Índia, São Tomé e Príncipe e sempre, sempre, Açores.

Na minha lista de desejos: Nova Zelândia, Filipinas, Islândia, Alasca, Austrália, Gronelândia, Chile (Ilha da Páscoa), Colômbia, Argentina…Ups, já passei o top 5!

13. Para terminar, quais são os objectos que não dispensas numa mochila de viagem?

Calçado confortável e adequado ao tipo de viagem, artigos de higiene pessoal em miniatura, lanterna mineira, impermeável, medicação e o telemóvel que nos últimos anos substituiu a máquina fotográfica.

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