1. A tua primeira viagem com a Landescape foi ao Peru, em 2021, correcto? O que te fez querer viajar connosco e o que sentes que tens atualmente ao viajar com uma agência como a nossa que a solo se perde?
Sim, a primeira viagem que fiz com a Landescape foi ao Peru, na companhia do João Gonçalo Fonseca. Mas depois dessa, já se seguiram outras três.
Optei por escolher viajar desta forma, pois era complicado encontrar um grupo de amigos que alinhasse nas mesmas aventuras que eu e dispusesse do mesmo período de férias para sincronizar agendas. Viajar a solo, ainda que o tenha feito, não acredito que seja a melhor forma de viajar pois perde-se muita coisa, como por exemplo a oportunidade de partilhar a experiência com outra pessoa, e no final do dia ouvir um ponto de vista diferente daquilo que experienciamos. Por outro lado, também é uma boa forma de conhecer pessoas novas, com outras experiências de viagens que podemos não ter feito ainda ou desconhecer, além do mais importante: aumentar o nosso círculo de amigos. Identifico-me com os valores que a Landescape tem, de sustentabilidade, contacto com os locais, viagem de estilo mochileiro, e isto ajuda a minimizar a nossa pegada ao máximo, o que nos dias de hoje é muito importante.
2. Estiveste recentemente a viajar por África, mais concretamente pela Namíbia, Botsuana e Zâmbia. Como descreves essa experiência?
Sim, viajei pela Namíbia, Botsuana e Zâmbia na companhia do líder Pedro Quirino. Foi uma experiência muito fora da minha zona de conforto e distante do que estava à espera e isso foi bom. A viagem sendo feita em regime de overland só se tornou possível pelo fantástico apoio do Pedro, que foi incansável em manter todo o grupo coeso e unido nas tarefas diárias que tínhamos de fazer em equipa. Confesso que foi uma viagem cansativa em alguns aspetos, no sentido de que ,pessoalmente, prefiro sempre trails em oposição a viagens de carro, mas esta é a única solução para conhecer um país desértico e tão grande como é o caso da Namíbia. Conseguimos conhecer locais remotos fantásticos e testemunhar a riqueza que a vida animal da África Austral ainda consegue preservar.
3. Depois de África carimbaste a América Central, mais concretamente a Guatemala. Que rescaldo fazes dessa viagem?
Foi uma viagem óptima mas muito dura fisicamente para todos. Apanhamos mau tempo nos piores momentos, um furacão de categoria 2, vários dias sob-ataque de mosquitos, mas no fim do dia valeu tudo a pena. Exploramos os pormenores da cultura Maia que se podem ver ainda nos dias de hoje e pude comparar com as que já tinha dos Incas nos Andes. O grupo era fantástico, o líder também fez com que imensa coisa corresse bem. Foi uma daquelas viagens em que deu realmente para ajudar organizações locais, conhecer o modo como os Guatemaltecos vivem, aprender os seus costumes e gastronomia, ver um país lindo e cheio de natureza.
4. E para o futuro, que novas viagens estão na calha?
O futuro para já ainda é incerto em viagens mas quero muito voltar a poder viajar com a Carina Silva como líder, desta vez na Bolívia e Chile, aproveitando para explorar um pouco mais a América Latina. O Irão, por sua vez, também está já há algum tempo na minha lista de países a visitar. Ambos estão a sofrer alterações políticas e sociais na atualidade, o que poderá comprometer a minha decisão, mas para já ocupam o topo das prioridades.
5. Na viagem à Jordânia, em que estiveste com a Carina Silva no papel de líder, foste apelidado de fotógrafo de serviço. Imaginas-te a criar um canal de YouTube onde possas partilhar com os teus amigos e com a comunidade de viajantes da Landescape os teus resumos de viagem?
Não esperava essa nomeação, é algo que faço com muito prazer e carinho pelo grupo com quem viajo. Mas ainda assim obrigado pela referência. A fotografia é uma paixão muito muito antiga, mas para publicitar melhor os resumos, terei de atualizar o equipamento fotográfico que levo comigo e o suporte onde o publico. Prometo considerar a ideia e quem sabe ajudar a Landescape a resumir as viagens para futuros viajantes.